Quando a pressa por usar uma AI pode esquentar sua cabeça e esvaziar seu bolso!

Em um mundo onde cada vez mais startups e empresas tentam economizar tempo e dinheiro usando códigos gerados por AIs, surge um fenômeno interessante — e perigoso: o “vibe code”.

Em outras palavras, é aquela prática de aceitar cegamente o que a AI produziu, sem conferir se aquilo realmente faz sentido, se está seguro ou se vai escalar.

Para quem tem alguma experiência em programação, só de ouvir falar em “vibe code” já bate aquele arrepio na espinha: é o código que “funciona” na sua máquina, mas quebra na hora de crescer ou pior, abre brechas de segurança para ataques que poderiam ter sido evitados com algumas boas práticas básicas.

A ironia? Enquanto muitos desenvolvedores reclamam da febre de usar AIs para resolver todos os problemas, experts que já manjam do riscado agradecem. Por quê? Cada linha de código gerada sem critério é um convite a futuros chamados de urgência — e um aumento considerável no valor da hora do profissional que terá que limpar a bagunça depois.

O que é o “vibe code”?

A expressão descreve quando um desenvolvedor (ou equipe inteira!) decide:

  • Confiar sem questionar o código que a AI sugere.
  • Copiar e colar a solução sem entender o que ela faz ou o motivo.
  • Não se preocupar em testar mais a fundo, assumindo que “a AI sabe o que faz”.
  • Esquecer de aspectos cruciais, como segurança, manutenção e escalabilidade.

O resultado disso aparece logo: quando o aplicativo ganha usuários, surgem problemas de performance, falhas em produções maiores ou até falhas de segurança que ameaçam todo o negócio.

A AI não é seu desenvolvedor sênior

Se o mundo da tecnologia nos ensinou algo, é que AIs não substitui a experiência humana — pelo menos não da maneira como algumas pessoas acreditam. Ela é, no máximo, um estagiário superconfiante, que soa muito convincente, mas ainda assim erra.

Vejamos alguns riscos comuns:

  • Casos extremos desconsiderados:
    O modelo pode não saber prever todas as variações de uso.
  • Vulnerabilidades de segurança:
    A AI não “adivinha” que seu app precisa de proteções específicas contra SQL injection, XSS e por aí vai.
  • Soluções ineficientes:
    Muitas vezes, o código funciona “bem” para poucos usuários, mas engasga ao escalar.

Como fugir da armadilha e não jogar dinheiro fora!

Se não quiser pagar caro a hora para alguém salvar seu projeto lá na frente, melhor se precaver agora:

  • Não copie e cole sem ler. Se você não entende a lógica, estude, pesquise.
  • Automatize testes. Cubra casos extremos e pontos críticos de segurança.
  • Otimize antes de colocar em produção
  • Aprenda a debugar de verdade
  • Tenha desenvolvedores experientes por perto. Especialmente em sistemas sensíveis ou que envolvam dados críticos.

A AI é uma aliada fantástica para acelerar etapas repetitivas ou sugerir caminhos. Mas não pense que ela substitui o olhar clínico de um profissional experiente.